Palácio do Visconde, brunch
RITA CHANTRE
RITA CHANTRE

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

Precisa de boas ideias antes que seja segunda-feira outra vez? Sugerimos nove coisas para fazer no fim-de-semana.

Mauro Gonçalves
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Em Outubro, a agenda atinge decididamente a velocidade de cruzeiro. Neste fim-de-semana, a cidade continua energizada por festivais (de cinema e música), pela abertura de novos restaurantes, exposições de alto gabarito e por eventos excepcionais. Os próximos dias vão ser marcados pelas sessões do Doclisboa, pelo regresso d'O Fantasma da Ópera ao Campo Pequeno, pela arte sonora do Lisboa Soa, que ocupa vários espaços da cidade, e pelo segundo momento do festival de arte, teatro, cinema e performance Temps d'Images. Só tem de conseguir acompanhar a agenda.

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Sexta-feira

  • Dança
  • Parque das Nações

Pela primeira vez na forma de bailado, o romance de Eça de Queirós estreia-se no Teatro Camões a 16 de Outubro, estando previstas dez apresentações, até dia 26 do mesmo mês. É uma criação de Fernando Duarte, coreógrafo e director artístico da CNB, um bailado em três actos que conta a trágica história do amor incestuoso de Carlos da Maia e Maria Eduarda. O espectáculo contará com o pianista António Rosado e com solistas da Orquestra de Câmara Portuguesa. O bilhete custa entre 15€ a 30€.

+ Mais peças de teatro e dança para ver esta semana

  • Bistrôs
  • Alfama

Louise Bourrat, chef do Boubou’s, abriu com o companheiro, o mixologista Marco Cossu, da Sardenha, uma neo-tasca no antigo espaço do Boi Cavalo, em Alfama. É um restaurante descontraído, mas rigoroso na cozinha e no serviço, onde a comida de conforto ganha lugar de destaque. Misturam-se influências portuguesas, francesas e italianas numa carta que muda mensalmente para respeitar os produtos da época. Entre os pratos mais marcantes estão os arancini de cabidela, o tártaro de vaca à Brás e a couve-coração com molho picante. Nas sobremesas, há tiramisù, profiteroles e crème brûlée com CBD. O ambiente é caloroso, com boa música, vinhos de baixa intervenção e uma vontade clara de preservar o espírito do bairro, respeitando a história do lugar e de quem o habita.

+ No Gancho, Louise Bourrat dá-nos a sua cozinha do coração

Sábado

  • Lisboa

Desde Setembro que há mais uma razão para entrar neste palácio – um brunch servido diariamente, dentro de portas ou a céu aberto, sempre que o tempo o permite. Lá fora, a vegetação e os azulejos originais criam um cenário especialmente apetecível. Tal como nos quartos, as nomenclaturas têm inspiração directa no passado afortunado do imóvel, sobretudo na página dedicada às panquecas. Os salgados servem-se na página anterior e andam, naturalmente, em torno dos ovos. Os escalfados chegam à mesa sobre uma fatia de pão, com abacate e ricota, enquanto os mexidos vêm na companhia de ervilha torta, presunto ibérico, salada de rúcula e gomos de laranja. Já os Benedict podem vir com bacon ou salmão.

+ Com matcha, ovos e panquecas, este brunch serve-se num palácio

  • São Sebastião

O musical de Andrew Lloyd Webber, premiado com mais de 70 prémios de teatro, chega da Broadway a Lisboa. A partir da obra homónima de Gaston Leroux, O Fantasma da Ópera passa-se em Paris do século XIX, onde “O Fantasma”, um génio musical, tenta atrair Christine Daaé, soprano da Ópera de Paris, para que esta se torne sua protegida. Resta saber se ela o seguirá. Em cena no Sagres Campo Pequeno, de 14 a 25 de Outubro, de terça a sexta, às 21.00, e de sábado a domingo, às 15.30 e às 21.00. O bilhete custa entre 45€ e 140€.

+ ‘O Fantasma da Ópera’ está em cena (e revelamos o que o faz um sucesso)

Domingo

  • São Vicente 

Maria Clara Lima e Pedro Lima decidiram abrir as portas do Vezo Coffee, na Graça. Decorado com arte feita por artistas do Lisbon Art Collective e mobilado com mesas, cadeiras e peças em segunda mão ou feitas pelo casal e amigos, o espaço é tranquilo. Além de café de filtro da torrefação da von&vonnie, no Porto, serve pratos simples, mas saborosos, pensados para o pequeno-almoço e almoço. É tudo feito na casa (à excepção do pão), desde bolo de tapioca e queijo, pulled pork e chutney de maracujá ao escabeche de carapau, azeite de ervas e labneh em pão brioche. Depois, ao final da tarde, também há vinhos naturais portugueses.

+ Na Graça, este casal brasileiro tem uma “casinha” de café de especialidade e vinhos naturais

  • Coisas para fazer
  • Lisboa

Talvez já não se lembre, mas o Unconvention nasceu em 2017, nos Anjos70, e contou com três edições consecutivas – a última foi em 2019. Agora, o festival dedicado à tatuagem e à expressão artística renasce noutro cenário – o número 10B da Rua Maria, em Arroios – e apresenta-se como um “verdadeiro laboratório da pele e do corpo”. Durante dois fins-de-semana, de 17 a 19 e de 24 a 26 de Outubro, a programação reúne 40 tatuadores nacionais e internacionais (e não só).

+ Seis anos depois, Lisboa volta a ter um festival dedicado à tatuagem

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  • Filmes
  • Documentários
  • Lisboa

De Madonna a Gaza e aos sonhos de David Lynch, o Doclisboa está de volta, até 26 de Outubro, e anunciou a sua programação completa com mais de 200 filmes. Becoming Madonna, de Michael Ogden, é um dos destaques desta edição e acompanha a transformação da jovem outsider do Michigan na artista que revolucionou a pop mundial, através de registos inéditos e entrevistas reveladoras. É este domingo, com sessões às 19.10 e às 21.00, na Culturgest.

+ Os 7 filmes obrigatórios do Doclisboa 2025

Mais que fazer em Lisboa

As novidades multiplicam-se de tal forma que, quando descobrimos os restaurantes que abriram nos últimos meses, já temos novas mesas à nossa espera. Entre os espaços que ainda cheiram a novo há lugar para a alta-cozinha, para aproximações às culinárias asiáticas, a Marrocos, a Espanha, e até à Palestina, estéticas inspiradoras e, claro, para a moda das sandes e dos smash burgers, sem esquecer a comida portuguesa de autor.

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  • Coisas para fazer
  • Eventos literários

Nem só de livros vivem estes espaços culturais em Lisboa. Há também lanches e cartas de vinhos. Outro género de literatura, portanto. São mais de uma dúzia de livrarias, onde uma visita significa muito mais do que virar umas páginas e ler meia dúzia de prefácios na diagonal.

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