Karaoke em Lisboa: oito sítios para cantar fora do duche

Depois de uma refeição com direito a baos e outros clássicos da cozinha chinesa, prepare-se para uma noite de karaoke. As músicas, mais de cinco mil, estão acessíveis através de um código QR disponível nos ecrãs espalhados pelo Golden Vista, nas Docas. Só precisa de saber o que quer cantar ou o que quer que o amigo do lado cante, com ou sem aviso prévio. Depois de escolhida a canção, resta esperar que o chamem para brilhar. Se for mais envergonhado, pode sempre marcar uma sala privada – há três, uma delas dedicada ao universo do Moulin Rouge –, com capacidade para até 12 pessoas. 

Quando o assunto é karaoke, a Musa de Marvila leva a coisa para outro nível. O  chamado “karaoke mágico” é uma ideia do artista Miguel Caixeiro, mais conhecido como Mike El Nite, e na base está uma missão: provar que o autotune não facilita tanto a vida aos cantores como parece. As noites costumam ser temáticas e são anunciadas na página de Instagram da cervejeira. 

O restaurante de comida chinesa Hua Ta Li, no Martim Moniz, já aluga salas privadas para karaoke há mais de dez anos, disponíveis todos os dias, durante o jantar. Há seis salas, pensadas para grupos menores e maiores – de 12, 25, 35 ou até 40 pessoas. 

O nome não é fácil, mas uma pesquisa no dicionário Priberam diz-nos que a palavra, de origem onomatopaica, pode vir do inglês “machine pump”. De portas abertas das 15.00 às 02.00 (ou às 03.00, às sextas e sábados), o Machimbombo não só é o bar de cocktails mais rosa de Lisboa como também é casa de uma cabine fotográfica vintage. E todas as quintas-feiras, acolhe noites de karaoke.

O Cheers divide-se em dois. De um lado funciona um bar ao estilo irlandês, com ecrãs que alternam entre futebol e música, e do outro há uma pista de dança. Mas de segunda a domingo, às 21.30, há karaoke. Uma das vantagens para os portadores de vozes cana rachada (e para os vizinhos) é que este pub tem tripla insonorização. 

Num dos karaokes mais clássicos de Lisboa (e dos poucos sobreviventes) é possível afinar ou desafinar a goela entre pratos. Este restaurante italiano do Parque das Nações tem karaoke às sextas e sábados (onde se arrisca a engolir em seco com algumas actuações). As cantorias começam às 22.30 e prolongam-se até às 04.00.

Quem disse que só à noite é que há karaoke? No Neoon Space, no centro comercial Ubbo, além de pistas de bowling, máquinas recreativas, jogos em 3D, snooker, um bar de cocktails e um playground com escorregas, piscina de bolas e mini trampolim, há cinco salas de karaoke. De segunda a quinta, entre as 14.00 e as 21.30, ao sábado, das 12.00 às 21.30 ou ao domingo, das 12.00 às 20.30, uma sessão de uma hora custa 6,50€ por pessoa.  

Em Entrecampos, há um restaurante chinês que esconde um segredo. Não, não são as almondegas gigantes ou o porco picante à moda de Sichuan. Se descer as escadas, depois de atravessar a sala, onde são servidos pratos como o mapo tofu ou o frango do general Tso, vai deparar-se com oito salas de karaoke (que podem ser alugadas por 25€ por hora). Lá dentro, os clientes podem saborear estas iguarias e cocktails enquanto se lançam, de microfone no punho, à discografia de Britney Spears ou de Lady Gaga. Entre receitas picantes e máquinas de luzes, o Nova Pequim é uma forma de soltar a voz num ambiente seguro e sem julgamentos – esperamos.