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Vasco Vilhena | Rialto6
Vasco Vilhena

Exposições grátis a não perder em Lisboa e arredores

São muitas e boas as exposições grátis que pode ver em Lisboa e arredores. Aqui tem uma selecção do que não deve perder.

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Artes plásticas, fotografia, vídeo, som, instalação, obras documentais e ficcionais. Nesta selecção de exposições grátis em Lisboa encontram-se categorias e não-categorias, universos que vão da liberdade do oceano à arquitectura austera. Aqui nunca se esquecem as galerias de arte (comerciais e municipais), de entrada habitualmente gratuita, mas também há lugares fora do mapa cultural estabelecido, tal como o movimento das associações, que não deixam o sector dormir. Do clássico ao experimental, damos-lhe algumas alternativas para pensar no mundo, apreciar a beleza ou divertir-se. Gostos, há para tudo.

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Exposições grátis

  • Arte
  • Xabregas

Na Galeria Filomena Soares, Rui Chafes apresenta um conjunto de novas esculturas em ferro negro. Folhas que, apesar de rígidas, parecem dançar ao vento, suspensas no espaço da galeria. É o jogo de pesos em que o artista mostra o seu pensamento e perícia. 

Rua da Manutenção, 80 (Xabregas). Ter-Sáb 10.00-19.00. Até 15 Nov. Entrada livre

  • Arte
  • Fotografia
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

João Salgueiro Baptista, Novo Talento Fnac de 2025 na área da fotografia, leva-nos à França rural dos trabalhadores sazonais, onde encontrou uma realidade periférica e comunitária, "marcada por influências do anarquismo e da cultura punk". Em "Saison Floue – Temporada Turva", a experiência na primeira pessoa atravessa temas como a marginalidade e a pertença, através do retrato do quotidiano de trabalhadores que vivem muitas vezes em tendas, carrinhas e casas ocupadas. 

Rua Dr. Gama Barros, 60 (Alvalade). Qua-Sex 14.00-19.00, Sáb 14.00-17.00. Até 25 Out. Entrada livre

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  • Arte
  • São Sebastião

O projecto de investigação e de criação artística levado a cabo pelo Colectivo Afrontosas materializa-se numa exposição em torno da memória de pessoas negras LGBTQIA+ durante a ditadura portuguesa. "Invisibilizadas nos registros, essas presenças foram também força, coragem e contribuição viva para a luta coletiva que ajudou a erguer o 25 de Abril", pode ler-se no descritivo. 

Largo Dr. António de Sousa Macedo, 7 (Santa Catarina). Até 22 Out. Seg-Sex 14.00-20.00. Entrada livre

  • Arte
  • Lisboa

Na última leva de exposições de 2025, a Rialto6 dá espaço a Gabriel Abrantes, nome consolidado no campo da videoarte. Rattrap, obra de 2024, é apresentada ao público pela primeira vez. Nela, o artista dá a conhecer Ratzo, personagem virtual que está pronta a ter uma conversa com o público. Ao mesmo tempo, a galeria recebe "Standard Deviation", mostra colectiva com curadoria de Gabriel Abrantes e obras de Ana Jotta, Carla Dias, Conner O'Malley, Inês Raposo, Max & Dave Fleischer, Meriem Bennani & Orian Barki, Paula Rego e Walt Disney.

Rua Conde Redondo, 6 (Conde Redondo). Até 19 Dez. Sex 15.00-19.30. Entrada livre

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  • Arte
  • Fotografia
  • Lisboa

A terceira edição do MFA – Mostra de Fotografia e Autores começa no Mercado da Ribeira, com telas de grande formato apresentando "um cheirinho" do evento, ou seja, fotografias das 12 exposições do programa, que começou em Setembro. A programação completa está disponível em cc11.eu e inclui "Monochrome 50", do fotojornalista Fernando Negreira, na Casa da Imprensa. O autor recorda e a Casa da Imprensa transmite: "Tudo começou em 1975, numa ida a Trás-os-Montes para cumprir o Serviço Cívico Estudantil, integrado nas Campanhas de Dinamização Cultural do MFA. Foi aí que, em conjunto com uma equipa de filmagem, fiz a minha primeira reportagem fotográfica. (...) A partir daí seguiram-se  colaborações com vários jornais e revistas, que se prolongaram até 2024." É disto que se trata. 

Rua da Horta Seca, 20 (Chiado). Até 14 Nov. Seg-Sex 10.00-18.00. Entrada livre

  • Arte
  • Alvalade

O colectivo mais uno +1 tem desenvolvido projectos colaborativos em zonas com menor acesso à criação artística, especialmente nas periferias de Lisboa, abrindo-se agora pela primeira vez a espaços no centro da cidade. No Centro de Dia Nossa Senhora dos Anjos e o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, colocou em andamento residências de artistas, designers, investigadores, performers, arquitectos e profissionais de áreas como a antropologia, cerâmica, psicologia ou cinema, que exploraram temas como o cuidado, a memória, o envelhecimento e a saúde mental. O resultado é esta exposição participativa. 

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Pavilhão 29. Av. do Brasil, 53 (Alvalade). Até 13 Nov. Seg-Dom 14.00-18.00. Entrada livre

Centro de Dia da Nossa Senhora dos Anjos. Rua Andrade, 13G (Anjos). Até 13 Nov. Seg-Sex 09.00-18.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Marvila

Botto é uma máquina-artista que, todas as semanas, gera centenas de composições visuais. Na galeria Eterno, inaugura uma exposição individual, a primeira deste espaço totalmente criada por inteligência artificial. Por trás da máquina está um colectivo humano – a Organização Autónoma Descentralizada – composto por milhares de pessoas anónimas, que votam semanalmente nas obras do Botto. No espaço, os visitantes vão encontrar obras digitais projectadas, caixas de lux e uma nova edição física.

Rua Maria José Nogueira Pinto (Braço de Prata). Até 25 Out. Ter-Sáb 14.00-19.00. Entrada livre

  • Arte
  • Fotografia
  • Grande Lisboa

Trinta dos maiores fotógrafos internacionais que estiveram em Portugal durante a Revolução, fotografando por ser, para eles, um acto moral obrigatório e porque trabalhavam para jornais e revistas de todo o mundo, fazem esta exposição inédita sobre o momento que virou o país. "Venham Mais Cinco - O Olhar Estrangeiro sobre a Revolução Portuguesa - 1974-1975" é uma exposição de 200 fotografias em grande formato, no Parque Empresarial da Mutela, em frente à antiga Lisnave, em Almada. Sob a curadoria do cineasta Sérgio Tréfaut, podemos ver nela imagens de Sebastião Salgado, Jean-Paul Miroglio, Guy Le Querrec, Jean Gaumy ou Dominique Isserm, divididas em quatro núcleos: A Festa da Liberdade, Novas Formas de Poder, Independências e Um País Dividido. Dado o sucesso do número de visitantes, a exposição, que era para ter terminado em Agosto, foi prolongada até 23 de Novembro.

Parque Empresarial da Mutela (antiga Lisnave), Almada. Até 23 Nov. Qui-Dom 11.00-19.00. Entrada livre

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  • Arte
  • Fotografia
  • Intendente

Desde 1999 que Pedro Medeiros tem vindo a desenvolver uma investigação artística profunda sobre os temas da justiça e do universo prisional. Em "Estrela de Seis Pontas", olhou para o Estabelecimento Prisional de Lisboa e para a sua arquitectura radial, entre 2020 e 2025, apresentando agora imagens sobre "um espaço que é simultaneamente físico e imaginado", até porque "mesmo num contexto de privação de liberdade, o espaço não anula o desejo de transcendência". Como escreve Filipe Ribeiro, co-curador da exposição com Sofia Castro, "o tema complexo do isolamento e do silêncio em espaços prisionais foi historicamente central na procura de um modelo de punição e controlo através do qual o sistema judicial português, seguindo o exemplo de outros sistemas jurídicos ocidentais, acreditava ser possível induzir o individuo julgado e condenado a uma introspecção profunda e transformação moral, que possibilitassem uma mudança de comportamento, arrependimento e reabilitação". 

Rua da Palma, 246 (Martim Moniz). 16 Out-21 Fev. Seg-Sáb 10:00-18:00. Entrada livre

  • Arte
  • Campo Grande/Entrecampos/Alvalade

Nesta exposição, a artista Lúcia Prancha cria "um campo fértil de diálogo entre escultura, literatura e pensamento crítico". Aqui, Hilda é, claro, Hilda Hilst, autora de uma obra transgressora e radical, que serve de eixo simbólico e afectivo para esta pesquisa artística, que vai aos arquivos buscar o seu "sumo", cruzando-o com múltiplos suportes e materiais, como filmes, tecidos, cabelos ou objectos de natureza diversa.

Palácio Pimenta, Campo Grande, 245. Até 26 Out. Ter-Dom 10.00-13.00, 14.00-18.00. Entrada livre

Mais arte em Lisboa

  • Arte

São 56 as estações de toda a rede do Metropolitano de Lisboa. E todas, mas mesmo todas, são verdadeiras galerias de arte urbana, não a céu aberto, mas debaixo de terra. Artistas consagrados da nossa praça deixaram o seu cunho na história dos transportes públicos alfacinhas e, embora seja uma tarefa difícil, escolhemos sete estações que merecem um olhar especial. Falamos-lhe de obras de Almada Negreiros, Vieira da Silva e Arpad Szenes, Querubim Lapa, Júlio Pomar, Maria Keil, Júlio Resende ou mesmo do célebre cartoonista António Antunes. Uma viagem para apreciar e partilhar.

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